quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fados (2007)





Fado. De acordo com a Wikipédia, “é um estilo musical português. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa”. Mas assistindo ao filme “Fados”, produção de 2007 do diretor Carlos Saura que só chegou ao Brasil  em 2009, essa sintética explicação na verdade não diz coisa alguma.



Não vou bancar o expert nem vou me dar o trabalho de tentar fazer uma leitura crítica que seja realmente relevante. A verdade é que até assistir ao documentário, Fado pra mim era apenas um “estilo musical português” que só conhecia de nome e Carlos Saura um dos membros da “Liga de Importantes Diretores que o Babaca do Luiz Não Assistiu Nem ao Trabalho Principal em Sua Filmografia”, liga essa que abrange indivíduos como Zé do Caixão, Luis Buñuel, King Hu e Alejandro Jodorowsky, entre muitos outros nomes importantes da história do cinema. Vou dizer apenas que o filme é um documentário completamente diferente de quaisquer outro que já tenha visto, embora não possa afirmar ser o mais original, já que não sou tão familiarizado com o formato. Mas, com o perdão pela falta de tato, é bonito pra caralho!


Saura não conta, mostra o Fado, capturando com sua lente apresentação de vários fadistas e mesmo não-fadistas, como os brasileiros Toni Garrido, Caetano Veloso e Chico Buarque, e, assim, contando o Fado através do Fado, somado às imagens geradas por telas e telões e apresentações de bailarinos, que não apenas “preenchem o vazio”, mas dizem, de alguma maneira, a música que vemos e ouvimos. Aliás, acho que a melhor descrição pro trabalho de Saura é isso: o Fado visto, ouvido e sentido.


Contando ainda com homenagens a importantes e falecidos mestres do fado, contando também com releituras que podem não agradar, como a versão em Rap de um Fado, que pra mim, embora dentro do contexto, não soou tão bem, o filme pode não agradar aos fãs de Saura, como parece ter acontecido em textos críticos que li pena Internet, mas é uma lindíssima homenagem à música Lusitana. Como se não bastassem ter Fernando Pessoa, eles têm o Fado. Deu vontade de ter nascido em Lisboa.


P.S: Acho que me apaixonei por Carminho...


Trecho do filme, Carlos do Carmo - Um Homem Na Cidade


Se isso não é lindo pra você, é porque você é um robô.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo de viver!

THEORIKÓNDOXAS disse...

Fala Luiz.Manda um e-mail pra mim depois, para que registre o teu.

knoppfk@gmail.com

Abraços